Você já conseguiu fazer algum trabalho na vida que te deu tanto orgulho que, enquanto executava a tarefa, sentiu algo diferente, como se tivesse em um estado de extrema produtividade e foco?
Segundo o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, estas características refletem o estado de flow.
O estado de flow é um estado mental de operação em que estamos completamente imersos no que estamos fazendo.
É um sentimento de foco, total envolvimento e sucesso no processo de desenvolvimento da atividade.
Só para você confirmar se já teve algo parecido, alguns dos sinais do estado de flow:
✔ Você tem objetivos claros
✔ O foco e a concentração estão em um nível acima do normal
✔ Você não tem o sentimento de auto-consciência
✔ Sensação de tempo distorcida
✔ Há um equilíbrio no nível de dificuldade da atividade – não é nem difícil demais e nem exige pouco
✔ Há uma sensação de controle sobre a situação ou atividade
✔ A atividade é recompensadora
✔ Quando estamos em estado de flow, nos tornamos parte da atividade, não somente um executor
De forma resumida, o estado de flow acontece quando você se importa de verdade com algo que está fazendo.
E por essa razão consegue resultados espetaculares, sólidos e autênticos.
Bem, o estado de flow é apenas um exemplo que quero te dar para explicar que, se os valores e objetivos da sua escola não estiverem calcados em bases sólidas, está abdicando dos melhores resultados.
Se sua escola não busca uma conexão realmente verdadeira com os alunos e pais está abdicando dos melhores resultados.
Se pensa apenas em atração e retenção de alunos, está sonhando baixo.
Na sua escola, vocês se importam de verdade?
O garoto Enzo tem apenas 9 anos e começa a ter dificuldades em aprender matemática. Ele vê seus colegas progredindo, mas não consegue se concentrar o suficiente para prestar atenção nas aulas.
No fundo, ele está preso a problemas que vive dentro de casa e não consegue de fato estar presente em sala de aula.
Além da falta de concentração, o fato dele ver seus outros colegas aprenderem a matéria e ele não o faz sentir como um completo incapaz.
O tempo vai passando, o conteúdo se aprofundando e o abismo entre ele e o restante na sala vai aumentando.
Nas provas, ele consegue colar e disfarçar o que realmente sabe. A professora notou, pede para que ele se esforce mais e se concentre nas aulas, mas não adianta. Em pouco tempo, na cabeça dele já está enraizada a ideia: “Sou péssimo em matemática”.
Passam-se os anos, e Enzo continua com a ideia de que nunca poderia aprender matemática “por que é burro para isso”.
Agora, imaginemos essa mesma situação, só que com uma diferença crucial. Enzo, este mesmo garoto, com 9 anos, tem dificuldades em aprender matemática.
Ana, sua professora, nota sua total dispersão durante as aulas. Ela acha melhor chamá-lo reservadamente para uma conversa para entender de fato o que está havendo.
A professora tinha a intenção genuína de ajudá-lo, por isso conversou com ele para entender o que andava acontecendo. Ela acabou descobrindo que Enzo estava lidando com a separação dos pais e isso abalou muito suas emoções.
Ana foi conversar com o aluno para entender como ele se sentia, deixou que o garoto desabafasse. Ela não pediu mais esforço dele pra aprender, apenas buscou entender o porquê dele se sentir tão mal.
A educadora buscou o diálogo com a família, relatou o que ouviu e pediu a ajuda dos pais para ajudarem ele em casa, com os exercícios de matemática e incentivo para ele superar os obstáculos.
Os pais estavam afundado nos problemas e não repararam que toda essa confusão estava prejudicando muito o filho que eles tanto amavam.
Os problemas do casal não cessaram depois da conversa com a professora, mas eles mudaram comportamentos e acompanharam o garoto de perto, para que ele conseguisse melhor desempenho na escola.
Em pouco tempo, Enzo já estava no nível dos alunos da sala. Não se tornou um matemático brilhante, mas aquela disciplina nunca foi um problema no futuro.
Isso aconteceu porque Ana se importou de verdade. Isso fez com que ela fizesse um bom diagnóstico do problema e agisse dentro das suas possibilidades.
Veja também: Não dá mais para fingir que a felicidade dos alunos não é assunto da sua conta
Isso não é bem sobre o tipo de marketing educacional que se ouve falar
Se em uma escola não temos compaixão pelo outro e nem buscamos entender as razões por trás das ações das pessoas, em que outro lugar poderemos fazer isso?
No fundo, isso é sobre ser humano, verdadeiro e sobre ter um clima realmente positivo no ambiente da sua instituição.
Não é sobre retenção de alunos, sobre lucros ou resultados pedagógicos espetaculares.
Se importar de verdade é a cultura organizacional que a sua escola deve ter para realmente inspirar a confiança das famílias e ter um clima de parceria com os pais.
Sem se importar de verdade, o trabalho não vale a pena. Nem a educação tem muito futuro e nem nosso trabalho tem muito propósito.
Por muito tempo, os negócios funcionaram de uma forma em que o marketing não era e nem precisava ser autêntico.
A propaganda refletia um outro produto ou serviço, e tinha pouco a ver com a realidade.
Hoje, no entanto, isso não funciona mais. Ou, se funciona, é um tipo de atalho que não vale a pena pegar, por levar a caminhos errados.
Pensemos: quando passa um comercial na TV você nem está olhando pra televisão. E se estiver, vai ver que todos os comerciais contam histórias legais. O foco dos comerciais não é mais falar das empresas, e sim associarem as marcas e produtos a boas histórias, para pegar sua atenção e simpatia.
Ninguém se interessa por empresas. As pessoas se interessam por histórias e por usar produtos ou consumir serviços que vão tornar sua vida melhor, essa é a verdade.
E nessa nova dinâmica da economia que você procura o nome de uma escola no google, e vê centenas de comentários sobre experiências de clientes e ex-clientes, é um sinal claro que a regra do jogo virou completamente de lado.
Você não precisa fazer as melhores propagandas para atrair os alunos, e sim precisa investir na experiência e satisfação das famílias e alunos da sua instituição para que colha os frutos.
O que os pais vivem de verdade lá na instituição vai servir para que eles contem aos outros, falem da sua escola para eles, e te ajude a atrair mais alunos.
O segredo do marketing escolar é investir na experiência
Quantos canais de marketing a sua escola possui? No livro Traction, os autores Gabriel Weinberg e Justin Mares citam os principais canais de aquisição de clientes.
Adwords
Feiras e eventos
Vendedores
Parcerias de Negócios
Relações Públicas
Busca orgânica
Marketing de conteúdo
Email marketing
Social Ads
Marketing Viral
Palestras Educacionais
Anúncios offline
Engenharia de Marketing
Target Blogs
Programas de afiliação
Plataformas existentes
Trade Shows
Construção de comunidade
Relações Públicas não convencional
Sua escola pode ficar confusa com tantas opções. O recomendado é ter foco, e para isso, a sugestão é realmente que gaste todas as energias investindo na experiência das famílias e dos alunos.
Se medir a eficácia de todos os canais de atração, vai chegar a conclusão que a maioria das decisões tomadas pelos pais vieram da indicação de outros pais. E isso não ocorre por acaso.
Se imagine como uma mãe ou pai, escolhendo a escola para o seu filho. Poderia pesquisar na internet, mas não ia pedir indicações para pessoas de sua confiança?
Por isso, pensar em ações de marketing pro público externo, sem ter uma estratégia eficaz de comunicação com os clientes atuais, é uma estratégia ineficaz.
Virtualmente, a melhor forma de ter uma comunicação eficiente com os pais é via app escolar. Por meio dessas ferramentas, é possível ter um alto engajamento.
O ideal é aproveitar para enviar conteúdos altamente relevantes para as famílias, para que eles se sintam mais próximos a tudo que acontece.
As reuniões de pais também são o encontro perfeito para sua escola se preparar bem e mostrar todo o bom trabalho que foi feito.
Gaste tempo e invista nas melhores histórias e conteúdos para que eles saiam do encontro com o sentimento de realização.
Um bom marketing informa, emociona ou diverte. O marketing que a sua escola precisa faz tudo isso
Se a comunicação da escola não consegue divertir, emocionar e nem agregar valor com conteúdo relevante, ela não serve para mais nada, além de afagar o ego de alguns da direção da escola.
No entanto, se consegue informar, emocionar e entreter, essa comunicação atinge o auge desejado por qualquer tipo de empresa.
Todos os dias acontecem histórias inspiradoras, divertidas e únicas em uma escola e que apenas poucos ficam sabendo.
Todos os dias, os pais ficarão satisfeitos em receber informações valiosas ou histórias interessantes sobre seus filhos na escola.
Para isso, precisamos contar as boas histórias da sua escola e criar os conteúdos relevantes de acordo com o público que a sua escola tem.
E aí, este conteúdo te ajudou? Deixe o seu comentário!