Eu escrevo este conteúdo em um momento em que, para as pessoas lerem e verem, eu preciso pagar. Parece mentira, mas é verdade. Todos os conteúdos que eu fiz para este site até hoje só foram lidos porque eu paguei para que eles aparecem.
Você não precisa ficar com pena de mim, rss. Isso acontece quando os sites estão na fase inicial. Eu pago para que apareçam em anúncios no facebook. E você está lendo isso por um preço, mas calma, isso acontece o tempo todo.
Você pode se perguntar: Você tem um ego tão grande ao ponto de pagar para que seu texto chegue até às pessoas?
Não. Na verdade, eu pago porque eu sinto uma vontade genuína de escrever e fazer algo que ajude a educação a melhorar.
Eu paro às 22h da noite para escrever este texto porque existe algo dentro de mim que me faz querer criar conexões verdadeiras com os educadores e contribuir de alguma forma.
Hoje, me vejo como um bom profissional de marketing, um bom contador de histórias, mas, mais que tudo, me vejo como uma pessoa que sonha em ajudar mais.
O que me preenche como ser humano não é o dinheiro que ganho, ou outra coisa similar, mas a possibilidade de ajudar as pessoas.
Podem dizer que, quando você ajuda alguém, o outro é o beneficiado. No entanto qualquer pessoa que já fez trabalho voluntário sabe que isso é uma grande mentira. Quem ajuda é quem é salvo.
“Mas eu sou um educador que não precisa de ajuda”, você pode pensar. Tudo bem, mas o meu foco aqui não é me colocar como o contador de histórias que vai transformar seu trabalho.
Até porque estou plenamente certo que, se eu não trocar ideias, ouvir, conversar, compreender o que pensam e vivem os educadores, esse projeto não tem a menor chance de dar certo.
Mas eu acredito que quando pessoas com diferentes talentos se abrem para conversar, buscar soluções juntos, e criar conexões verdadeiras, podemos chegar a soluções maravilhosas juntos.
Como se conectar de verdade com as pessoas?
Se você chegou até essa parte do texto, foi porque viu verdade em tudo que disse. De fato, estou querendo mostrar na prática o que estou querendo dizer. Só que com palavras é mais difícil te fazer ver o que está na minha essência, em apenas um texto.
Creio que conseguirei realmente fazer isso com mais textos e mais conteúdos.
A conexão entre as pessoas é criada por meio de troca de emoções. Ou seja, eu te falo algo que está em meu coração, em minhas emoções, e se você estiver atento, a conexão é criada.
Isso é ciência, é da natureza humana.
Se eu te falo sobre as minhas fraquezas, os meus medos, as minhas verdades mais profundas, temos a chance de criar a conexão. Claro, a magia não vai acontecer com todas as pessoas, não é tão simples assim.
Veja que, por melhor que seja o artista, nem todas as pessoas criam conexões com ele(a). Você já teve por exemplo alguém que não conheceu pessoalmente, mas que chegou a ter uma conexão (ser fã), e quando essa pessoa faleceu parecia que era alguém da família, um amigo?
Se sim, pode entender melhor o significado do que é uma conexão.
Artistas criam conexões porque se abrem para as pessoas de uma forma sem filtro. Eles escancaram tudo que têm dentro deles, sejam em músicas, textos, ou outros tipos de arte, e por aí saem criando conexões.
Quando alguém se abre para outro ser humano, o fator humano, os sentimentos de amor e compaixão entram em ação e transformam tudo.
Parece poético demais, mas este é o caminho para de fato ter uma conexão com as pessoas. E, óbvio, não é diferente na educação, para que consiga fazer os alunos prestarem atenção. Tudo é sobre criar conexões com humanos. E para ter essa conexão, você só precisa se lembrar de ser humano.
Claro que, se pudesse, esconderia alguns detalhes que são pessoais demais nas minhas histórias. Mas se estou disposto de fato a criar uma conexão com você, eu preciso me abrir o máximo que puder.
A única coisa é ter o coração aberto para que o outro te veja como um humano: alguém que ama, tem sentimentos, tem sonhos e lindas histórias para contar.
Os alunos conhecem a sua história? O que você tem a perder se criar conexões?
Você quer que os alunos parem para te ouvir, mas eles nem sabem quem você é.
Não sabe porque você se tornou professor, coordenador, ou diretor…
Desconhecem suas dores, seu problemas, seus medos. Não te conhecem como ser humano.
Comece a perder o medo de mostrar quem você é na essência. Se você de fato se abrir com os estudantes e mostrar quem é, do ponto de vista humano, espere o comportamento deles mudar.
Ao conhecerem sua essência, seus sonhos, sua história, os alunos vão ter mais capacidade de serem empáticos.
Conte histórias sobre a sua vida. Fale sobre os momentos em que teve seus maiores aprendizados e busque uma forma de associar o que aconteceu a educação.
Ao verem verdade no que está dizendo, e sentirem que você está se abrindo com eles, a confiança vai aumentar, e a atenção e o interesse deles pelo que você fala também.
Em um mundo em que as crianças e jovens estão cada vez mais conectados, ligados em smartphones, games, redes sociais e afins, você não pode se culpar por não conseguir a atenção deles o tempo todo.
Mas trazer o aspecto humano para o jogo pode permitir que o relacionamento tenha progresso em uma velocidade que você não imaginava ser possível.
Veja também
A forma mais autêntica de enfrentar o bullying nas escolas
Sem se importar de verdade, sua escola não terá um bom marketing
Por que criar conexões? Isso é mesmo necessário?
A empatia acontece quando criamos conexões. Se não nos vemos como humanos, e não existe o hábito de ter compaixão pelo outro, temos uma relação fria.
É possível até que exista um aprendizado técnico, e que os alunos consigam aprender bem com uma boa didática. No entanto, todas as relações ficam mais ricas quando são regadas por bons sentimentos.
E como despertar sentimentos sem de fato falar sobre eles?
Me recordo, ainda, dos professores que foram além do básico comigo, e me trataram como um verdadeiro amigo, as frases deles ecoaram por muito tempo.
Quando você para para pensar na educação que teve, é bem provável que também tenha as lembranças mais fortes com os educadores com quem teve conexões.
“As pessoas se esquecem do que você diz. Elas se esquecem do que você fez. Mas elas nunca se esquecem do que você as fez sentir.” Maya Angelou, escritora e poetisa.
O professor de matemática Júnior, me disse certa vez que eu “poderia ser o que eu quiser.” Mas que teria que trabalhar duro para isso.
Ele poderia se ater apenas ao conteúdo da matéria do seu plano de aula, mas buscou genuinamente se conectar com os alunos. Se tornou um educador que marcou vidas e, mais do que isso, que transformou vidas.
Educadores são super heróis quando têm a atenção dos alunos
Ao criar a conexão com os alunos, o educador pode ser um super-herói de verdade para crianças que estão sem sonhos e sem perspectivas.
O valor disso é imensurável, todos amam falar sobre o tanto que a profissão do professor é importante, mas na prática pouco contribuem para uma nova realidade da educação.
Existem milhares de histórias para provarem o quanto um educador pode mudar o rumo de alguém, um exemplo interessante é o da Maria Vitória, uma garota que entrou no mundo das pesquisas aos 10 anos, logo após perder sua mãe para o câncer.
A imensa dor que sentiu serviu como impulso ao sonho de descobrir a cura da doença. Até os 14 anos, ela teve muitas dificuldades ao persistir esse sonho, até que conheceu o professor de biologia Fábio Bruschi.
Fábio a incentivou, a apresentou de fato ao mundo da ciência e a fez acreditar de verdade no sonho de salvar o mundo
O ato do professor de acreditar e apoiar a jovem fez toda a diferença para que ela se tornasse a primeira pessoa da América Latina a chegar na final da competição de jovens cientistas do Google nos EUA, e a primeira mulher brasileira a participar três vezes consecutivas da maior Feira de ciências do mundo, a Intel ISEF.
Quando um professor cria conexões verdadeiras com alunos, e agem de forma positiva, eles podem ser super heróis no mundo, mudando o rumo da vida de jovens.
Se milhares de educadores começam a agir usando todos seus super poderes, podemos ter em alguns anos um novo país, uma nova sociedade, mais justa, próspera e fraterna. Existe algum trabalho mais nobre que esse?
Tem algum conteudo que queira compartilhar com a gente? Deixe abaixo seu comentário ou nos envie um email em contato@marketingedu.com.br